domingo, 26 de setembro de 2010

Infância...

Lembro-me muito bem de momentos sadios, aqueles que recordo com muita felicidade.
Tempo bom, onde eu via apenas coisas lindas e belas. Onde o mundo era perfeito e todas as pessoas eram felizes. 
Tempo bom onde eu trazia comigo apenas o sorriso mais sincero e o olhar mais inocente.
Lembro-me de sentir medo e correr pro quarto dos meus pais. Eles me abraçavam com carinho e ali eu poderia dormir em paz. Eles eram meu porto seguro.
Passava horas na sala de estudo com meu pai, que com muita paciência me ensinava história e matemática. Ele era o meu melhor professor.
Toda noite, antes de dormir, minha mãe sentava ao lado da minha cama e pedia que eu juntasse as minhas mãos, e junto com ela, rezasse o salmo 91 da bíblia "aquele que habita no esconderismo do altíssimo, a sombra do onipotente descansará". Ela era minha rainha.
Nos dias do meu aniversário, meu pai ficava na porta da sala do colégio, me esperando largar, para ninguém tacar ovo na minha cabeça. Ele, com seu olhar raivoso assustava todos os coleguinhas maldosos. Ele era meu herói.
Saudade de ser aquela criança inocente, que os olhos brilhavam de felicidade por ter a certeza que os pais, os meus, os melhores do mundo, eram pra sempre, e que jamais iria perdê-los.
Eu esbanjava felicidade. A infância melhor do mundo, eu tive.
Hoje, apenas recordo-me dela.
Os momentos passaram... as lembranças restaram-me.  
Mas ficam registrados numa zona de muito fácil acesso na minha memória.

Sarah Pachêco.


II encontro dos blogueiros: 4º desafio. Conheça idéias diferentes sobre o tema.
Participantes:  www.terceirotres.blogspot.com; www.pedrascolor.blogspot.com  www.milacg.blogspot.com ; www.osonhardeviver.blogspot.com .

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Loucura

Muitas vezes já considerei loucura um estado de espírito. Coisa boa de ser, de levar a vida, na bandidagem (no sentido legalize mesmo), sem estresses, na paz... Mas depois do que me aconteceu ontem, eu pude perceber: loucura não é coisa boa. Momentos anteriores eu poderia estar aqui  descrevendo um post bem digno, abordando esse tema que, sem dúvida, me enchia bastante os olhos. Mas hoje, diante dos meus 25 anos de vida nem tão bem vividos, deparo-me com uma loucura insana mesmo, de derrubar qualquer um. Vi há poucos uma vida tomada da minha mão, quase sem a chance de poder reverter a situação. Mas eu te pergunto, legítima defesa é loucura?  e nem quero respostas. Ser louco nem é tão complexo assim. É fato. É o ato de agir incontrolavelmente em busca de socorro, proteção, ou até mesmo vingança.  Na boa, eu não queria ter que redigir um texto altamente regressivo ... só queria mesmo escrever loucamente o real significado de loucura e deixar fluir meus mais desvairados sentimentos, abrir meu coração. Mas desta vez, a emoção não tomará conta de mim. Hoje não.... eu não vou viajar na minha loucura tão entranha no peito. Vou ser amarga, fria, como a vida ensinara ser. De acordo com o dicionário, 'Loucura significa doença mental, doidice, demência, insanidade.' Ser louco é ruim. E é sim. Meus dias vazios e sem nexo transformam-se num grau elevado de loucura sobre um ato qualquer imperfeito onde obviamente, eu não estava em mim. Mas, pude evitar antes que viesse cometer. Hoje, eu peço equilíbrio e paz para eu ter muita fé e  não mais querer cometer loucuras advindas de situações extraordinariamente imperdoáveis... embora Deus perdoe. LOUCURA é crer no contrário.

Sarah Pachêco.


II encontro dos blogueiros: 3º desafio. Conheça idéias diferentes sobre o tema.
Participantes:  www.terceirotres.blogspot.com; www.pedrascolor.blogspot.com  www.milacg.blogspot.com ; www.osonhardeviver.blogspot.com .

sábado, 4 de setembro de 2010

Tempo, como definir?

"O tempo não para"... mas a saudade, ah! a saudade... 
A saudade faz as coisas pararem no tempo.
Por que o tempo passa tão veloz?
Por que ele não para pra a gente respirar?
O tempo é mesquinho.
É sádico.
Faz-se contrário às nossas especulações.
Quando quero que demore passar, ele voa.
Quando quero que passe depressa, parece uma eternidade.
O tempo é egoísta.
Destrói meus sonhos, meus planos.
Faz minhas vontades passarem.
O tempo grita mas eu não consigo ouvir.
Pede socorro dele mesmo.
Segundo Platão, o tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel. 
Definitivamente, eu não sei definí-lo.
Mas devo render-me: só o tempo é capaz de reconquistar o que já foi perdido.
Ou não.

Sarah Pachêco.


II Encontro dos blogueiros: 2º desafio. Conheça idéias diferentes sobre o tema.
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