quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um cãozinho, uma eterna lembrança

Quando descobri quem eu era por dentro, consegui enxergar o mundo lá fora de outra maneira. Passei por uma situação delicada, onde eu pude decidir dar a vida, ou tirar a vida de outro ser vivo, igual a mim: que tem coração, respira e vive, assim como eu. De nada temos diferente, ah não ser o raciocínio. Mas hoje eu posso afirmar que tenho uma outra visão do mundo. Primeiro de tudo, descobri da pior maneira possível que seres humanos são bem mais crueis do que os animais. Eles tem raciocínio, mas pouco se utilizam dela. Por isso a cada dia que passa eu sinto mais nojo dessa raça humana mesquinha de uma figa. Individualismo, arrogância e prepotência não levam a nada. Como judiar de um animalzinho, mil vezes menor que você? e por que? onde foi parar o sentimento? é bastante revoltante... por isso eu não desistirei nunca de lutar pela justiça, independente da raça.  Jamais maltratem um animal. Isso é muito injusto. Eles lutam apenas para sua própria sobrevivência, não vemos animais da mesma espécie se matando, como os humanos. Por mais que eu tente me expressar, não conseguirei repassar a imensa tristeza que afunda meu coração... pela covardia de um ser que se diz humano. Não entendo porque tive que passar por essa "prova?" de Deus. A pretinha ficará pra sempre no meu coração. Sua coragem e esperança da vida. Seus olhinhos que brilharam como diamantes, direcionados a mim, como um apelo de socorro, ficou gravado na memória. E a dor que eu pude sentir daquele pobre animal indefeso, jamais vai sair de mim.

"A dor, sofrimento e o esgotamento do projecto de vida, são situações que levam as pessoas a desistirem de viver".

Sarah Pachêco 

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